O Top 10 literário, pelo editor Hugo Xavier. AQUI
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BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE (GAMBELAS)
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Brutal é um romance onde se representam todos os traumas da infância, da adolescência e da idade adulta resultantes da decadência humana: violência doméstica, abuso sexual e disfunção emocional. Brutal tem como base narrativa dois personagens que são um só – um jovem e um velho, duas idades da mesma pessoa, ambos fascinados pelo teatro – que, no cenário das suas próprias vidas, dramatizam impiedosamente os momentos que fundamentam e marcam as suas existências. Nesse palco do romance são postos em causa e analisados, até à humilhação de se sentirem culpados um do outro, na relação perversa que ambos sentem pela natureza humana. É um duelo entre a maldade e o remorso, onde o amor e a escrita são meros figurantes.
Contracapa:
«Robert Bréchon recebeu com entusiasmo os primeiros textos ficcionais de António Ramos Rosa. São textos em que a poesia nunca deixa de estar presente mas que apontam para outros esforços e rumos de escrita, sempre sob o primado da imaginação e da inquirição do real.»
José Carlos de Vasconcelos, JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias
«Frágil, sim, sou frágil, sempre fui extremamente frágil. E sempre pensei que essa fragilidade era uma característica particular que me tornava único e diferente de todos os homens. Era um ser anómalo, pensava, e daí o meu sentimento de inferioridade em relação aos outros, que não o eram, uma vez que encarnavam a norma que eu nunca conseguiria instituir em mim. Só muito tarde, descobri que a anomalia era a norma inerente à condição de todos os homens, sujeitos à contingência, à adversidade, à incerteza radical e à finitude irremediável.»
António Ramos Rosa